sábado, 24 de setembro de 2011

O vazio e a estupidez

"procura constantemente uma situação estável e aborrece-se mal a encontra"
Esta frase persegue-me, sinto um vazio e uma tristeza profundas que me levam para onde não quero ir, porque já lá estive e não gostei, não quero voltar...
Já não sei qual a onda que gosto mais, qual a praia onde quero estar, nenhuma me realiza e faz feliz, no meio de tantas ondas quebradas!
Mas aquela estrela polar para onde sempre me volto, que ilumina o meu oceano, guia-me, não entendo porquê hoje me deixei abater por esta tristeza que várias situações provocam...
Não sei se tenho forças para aguentar as ondas que lá vêm e há uma que espero há tanto tempo, acho que já se desfez no meio do oceano... custa-me a querer que algum dia ela chegue e isso assusta-me e entristece-me ainda mais.
É bom quando nos são dadas segundas e terceiras oportunidades, mas este "déjá vu" assusta-me tanto, parece que tenho nas minhas mãos o poder de evitar tudo, quero conseguir fazê-lo, sei que há pessoas que não acreditam em mim e a força da existência desses pensamentos parece ter poderes nefastos sobre a minha energia, sobre a minha motivação.
Escrever faz-me bem, parece que as ideias assentam, não falar disto com ninguém também me assusta, sinto saudades dos meus amigos, não tenho ninguém para conversar, para desabafar, para pedir uma opinião... espero que na nova casa, mais perto deles eu possa encontrar paz por mais uns meses.
Quando voltei para aqui senti que este era o "my place", estava bem e esteve mas fartei-me o vazio voltou e preciso de nova mudança; talvez daqui a uns tempos esteja novamente farta, tudo pode girar muito rápido nos próximos tempos.
No meio desta tristeza vou-te encontrar perdido num sonho e tudo o que não queria e já nem me lembrava vem à tona e ganha força.
Quero afastar-me destes pensamentos, não me fazem bem, mas não estou a conseguir.
Às vezes queria deixar de sonhar, deixar de acreditar, mas depois ainda ia ser maior o vazio... quero muito acreditar nos sonhos, sempre fui sonhadora e já me acusaram disso, mas sou eu sou assim.

"Cabe o meu amor, cabe 3 vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe nos dois, nesta última oração, que nos salva o coração, coração que é maior do que se pensa, nele cabe o que não cabe na despensa cabe o meu amor"... a banda mais bonita da cidade

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu sou o caminho a verdade e a vida

Uma frase simples e que muitos de nos apregoamos em nosso nome, acreditando que sabemos tudo, que a razão está, na maioria das vezes, do nosso lado. Sem nos darmos conta é fácil tentarmos pôr o mundo a girar à nossa volta, fazer valer os nossos pontos de vista e ideais.
Mas a frase é bem mais simples que isso na sua semântica e bem mais complicada no seu significado!
Felizmente alguém me soube explicar isto muito bem, e sua forma de agir e viver ajudam-me a acreditar e a ter fé que assim é... pôr em prática na minha própria vida.... já é um pouco mais complicado.
Acredito sim que a vida é só uma passagem, éum Caminho, que pode terminar a qualquer altura, pelo que devemos viver bem cada jornada, e viver bem é seguir as pistas, aproveitar as pontes "seguras e largas" que Ele nos deixou querer voltar sempre ao Caminho, quando escolhemos ir pelo caminho a evitar.
E a vida esté em Deus e às vezes quando a vontade Dele é diferente da nossa torna-se difícil de aceitar, o caminho mais fácil e desistir e desacreditar, só nas coisas boas é que é fácil ver Deus.
Ver sempre a vida nesta perspectiva e acreditar que um dia chegaremos è meta que é Cristo faz-nos olhar a morte com uma alegria estranha, apesar da dor da saudade que fica com a ausência física.
Um dia fiquei muito chocada com a morte do irmão Roger em Taizé, com o facto de, perante um assassinato da pessoa mais importante dentro daquela sala, a oração ter continuado quase como se nada tivesse acontecido!!
Leva-nos a pensar: e se fosse eu? continuava tudo?...
Sim continuava, se acreditarmos na Ressureição e que a morte foi vencida, toernarseá mais fácil aceitar a tristeza da ausência, será?
Vejo que sim através do meu pai, percebi-o melhor no discurso da morte do seu irmão, estava triste sim, claro, impossível não estar, qualquer separação doi, principalmente se não temos tempo de dizer adeus, mas há qualquer coisa mágica que não consigo explicar...é o espírito, é a fé, que nos move para percorrermos este caminho da vida.... com verdade!