quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O dia já chegou ao fim...

"O dia já chegou ao fim
A luz da lua brilha sobre mim
Venho lembar-te nesta hora
Ó Senhor eu quero agora
Estar mais perto de Ti"

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

All the good things come to an end?

Quero acreditar que não, mas cada vez se torna mais difícil...
Pequenas coisas que nos deitam lá para baixo, num abrir e fechar de olhos e também pequenas coisas e, por vezes, insignificantes que nos fazem tão felizes.
Medo de perder, ésempre tudo a perder, "uma vez mais ele se desfalece", sinto a ameaça do fracasso, o receio de não conseguir, o desespero de perder um emprego do qual estou a gostar bastante.
Devi ir dormir, é tarde, estive muitas horas a trabalhar, já lá vão muitos dias seguidos, o cansaço já acumula, daqui a 6h tenho de la estar, fresquinha, pronta para tudo outravês, pronta para o grande dia, que se terminar mal, me vai deixar arrasada e muito desanimada.
Pensamento positivo!
Era fácil se tudo o resto corresse bem, mas tem que se erguer a cabeça na mesma...mesmo sem abraços, sem palavras de conforto...
Acreditar e ter esperança e não me deixar vencer por tudo o resto.
Espero conseguir, estou mesmo a precisar...
...agora...tenatr dormir e descansar um pouco!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Chegou o Outono...

Chegou de mansinho e sem avisar...
Ainda não abri a janela para ver como se parece!
O calor abrasador do verão queria fazer-me acreditar que o outono não ia chegar, apesar de lá no fundo, saber que esse dia já estava marcado no calendário.
O sol quentinho sempre a brilhar para mim, a mandar o calor que aquecia as noites de verão, fez-me sempre sonhar que o verão era para ficar.
Muitas vezes sabemos que o sol está frágil e deixa-se tapar pelas nuvens, sem muito lutar contra isso... mas, quando nos toca, os raios são tão fortes, que se esquecem as nuvens que andam sempre a rondar e a prometer que um dia o vão tapar de vez... mas só para mim, porque ele vai continuar a brilhar para outro lado do planeta, para quem está agora a receber o verão.
Hoje é oficial: chega o Outono, mas o verão para mim já hà muitos dias que tinha terminado. Uma nuvem negra e grande apareceu e tapou-me de vez o sol, ainda tentei resgatar algum brilho dos seus raios, por entre os fumos brancos e cinzas, mas quase sempre sem sucesso...
...brilha um pouquinho...muito de vez em quando!
Além da nuvem cinzenta e densa do outono, veio também o nevoeiro do passado. Porquê agora? Estes ciclos da natureza dão cada volta!!!!
Porquê? Porque é que ao fim destes anos todos volto a sentir-me tentada, porque é que o telefone tocou exactamente agora que estou mais frágil com a chegada do outono. Bastou uma expressão, poucas palavras e descobres tudo o que se passa e conheces-me tão bem... ainda....desarmas-me por completo, vejo a asneira cada vez mais perto.... quero fugir dela, mas esta nuvem cinzenta que me manda lá bem para baixo, faz-me querer fugir também do presente. A necessidade de um abraço forte, que "me aperte sem apertar" e me faça sentir protegida e segura, amada, faz-me querer abraçar essa asneira. É como a maçã da Branca de Neve, ela não sabia, mas eu sei que tem veneno, que me vai adormecer ainda mais e ficar eternamente a sonhar com o princípe que nunca vai aparecer... mas ...
...está tudo tão escuro agora, sinto-me tão desorientada, pensava que ia ser forte e o outono era fácil de atravessar, mas desta vez tudo é pior, a cabeça não pára, as máscaras não funcionam, não me consigo concentrar, reflecte-se no mau desempenho, na apatia do dia-a-dia...
...tudo isto me faz querer fugir, refugiar-me num abraço venenoso, que me permita escapar do outono por umas horas, por uma noite e voltar a sentir o verão!
Sei que devia evoluir, e o outono faz parte da evolução, mas não estou a conseguir, regredir apresenta-se, por vezes mais fácil e tentador!
É apenas o outono....não quero imaginar quando chegar o inverno!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Noite...

Já não são iguais...
Mais longas, mais curtas, menos tranquilas, mais agitadas
Esta é especial
Um bom momento, que trouxe boas recordações
Duas cidades únicas que recontemplei com satisfação
Mataram-se saudades...
Mas uma teima em não querer adormecer
E espreita todas as noites
E levanta-se comigo na alvorada....

Um olhar perdido que n volta...

Um dia esse olhar passou por mim e sorriu!
Deu a volta, envolveu-me e conquistou-me..
Impossível não me deixar seduzir, não sorrir, não abraçar esse olhar,
Tão forte e poderoso, que me encheu a alma.
Mas assim como veio ... também foi!
Desapareceu na confusão do tempo;
Na agitação do dia-a-dia;
Na incompreensão do egoísmo, que nos cega nas nossas preocupações estúpidas;
Na tentativa desesperada de o reencontrar!
Vi-o passar de novo, poucas mas algumas vezes...
Nunca mais o consegui agarrar
Ainda estendi os braços, mas não usei a força e a coragem suficientes...
...Não deu!
O seu poder hipnotizante é tão forte que a reacção mais fácil quando ele aparece é...fugir!
Aparece sempre sem avisar, não estou à espera, também é tão fogaz...
Dou por mim a pensar, a consciencializar-me que era ele, e já foi outravês!
Talvez um dia esse olhar perdido volte com a maré...
Alguma onda perdida o traga de novo até à praia onde o possa contemplar e abraçar
Por agora resta apenas o silêncio triste da sua ausência...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

No mundo das mulheres....

Ouve-se constantemente dizer que as mulheres são muito complicadas! Será verdade? Mentira?
Penso que não se pode generalizar, até porque o mundo dos homens não o conheço tão bem, n posso tirar conclusões.
Ao lidar diariamente com muitas mulheres, nos últimos meses, assuto-me com a quantidade de depressões, com os olhares tristes e saturados, vou ouvindo uma história daqui e dali... com abecessidade de um ouvido amigo, com a solidão escondida e só penso "Oh meu Deus"!
Apercebo-me de que todos nós usamos máscaras para esconder ou disfarçar tudo o que temos cá dentro, por vezes rompe sempre qualquer coisa.
Hoje em dia, nem no passado, nem provavelmente no futuro será fácil ser mulher. Por muito que já hajam muitas excepções e muitos homens maravilhosos que ajudam no que, antigamente, era tarefa só da mulher, muitas estão sobrecarregadas, têm casamentos onde não são felizes, mas talvez prefiram manter tudo, porque é mais fácil e a solidão é assutadora. Até os filhos são, muitas das vezes, mais uma dor de cabeça do que uma alegria.
Medo, medo... muito medo de continuar a crescer e a avançar no tempo. Hoje já tenho tanta coisa para me fazer infeliz e não casei, nem tive filhos....
O dinheiro muitas vezes já é à conta, se tivesse filhos não chegava certamente, mais problemas económicos (muitas não assumem mas precebe-se que os têm, outras assumem e é muito triste partilhar uma realidade que não se pode melhorar).
As insatisfações já são tantas, o cansaço do trabalho, se tivesse que chegar a casa e ir cozinhar para uma família...nem para mim tenho paciência...admiro todas as que conseguem.
Enfim...poderia fazer aqui uma lista infinita de coisas, só para realçar o medo que já sinto pelas insatisfações e sonhos que não se realizam. A história que nos contam: vais para a faculdade, arranjas um emprego que te vai realizar profissinalmente, arranjas um namorado, depois casas, constrois uma familia e és feliz para sempre.... está muito mal contada. Realmente há alguns que conseguem, tenho um exemplo lá em casa, mas a história deles está longe de ter sido feliz para sempre, tiveram , têm e hão-de ter muita coisa que não estava prevista ou não foi planeada assim, mas eles estão lá, nessas alturas que tudo se torna mais forte, que o sentimento vence barreiras...na saúde e na doença, na tristeza e na alegria, na mágoa e no perdão...
Eu quero um amor assim, não um dos contos de fadas, mas um que se tem que trabalhar 365 dias para construir algo que nunca estará terminado, um em que se sabe que não vai ser fácil, mas que é desejado com vontade, vontade genuina de um e do outro, não do mundo que nos rodeia...
Por isso vou continuar a sonhar que o mundo das mulheres pode ser fantástico quando partilhado com um homem, que seja o perfeito para essa mulher, não um que se escolheu so porque chegou a idade e o mundo diz que está na altura de casar e ter filhos e se não o fizer torna-se diferente!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Alvorada

Chaves 13 de setembro de 1978

"Amanhece
Pelas frestas da vida
A luz
Reluz.
Vai começar o dia dos sentidos,
Da razão
E do medo
Sensações.
Lucidez,
E uma pedra de angústia sobre o peito.

Mas é ressuscitar!
É renascer!
É levantar a tampa do caixão
E ser de novo Adão
Com a maçã ainda por comer."

In Diário de Miguel Torga

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Hoje...

20 de Maio de 1993

"Hoje e sempre estou muito contente! Fiz um teste de matemática, correu-me bem. A minha turma já não é a mais querida dos professores mas não é razão para desanimar!
Às vezes meto-me a pensar que tive uma infância muito alegre e bonita, estou a começar a ter também uma adolescência assim e, espero, para o resto da minha vida!
Não me apetecia ouvir música, vestir ou pentear bonecos, cantar nem tocar no orgão nem na viola...
Apetece-me escrever....
Há dias em que estou muito amorosa, só a pensar em coisas boas que possam vir a acontecer e coisas más que já aconteceram! Outros dias estou para cantar, quero ser cantora, estou quase sempre a cantar, mas há certas alturas em que não me apetece ou a voz não está muito boa.
Hoje estou virada para coisas realistas"

Gostava de poder sentir o mesmo hoje, pelo menos a vontade de escrever permanece, cantar também não estou para aí virada, e ao virar-me para a realidade cedo percebi que n podia ser cantora!!!
Hoje devia-me voltar também para a realidade, mas é mais fácil ignorá-la.
A adolescência não foi fácil, aqui os problemas ainda não tinham surgido, mas também dou graças por todos os que apareceram pois transformaram-me no que sou hoje e fizeram-me crescer.
Constato que a vida é como um escorrega e eu tenho um problema enorme de insatisfação e aborrecimento constante com tudo, tão depressa estou bem como mal, estou constantemente inconstante e torna-se aborrecido e bloqueia-me...
Cada vez mais me pergunto onde enterrei esta personagem que era sempre alegre e via felicidade em tudo, já tentei resgata-la tantas e tantas vezes!
Tento concentrar-me, mas o vazio despedaça-me, corroi-me e desorienta-me...entro numa tristeza profunda que n consigo apagar, apenas esconder.
Pode ser que um dia tudo sirva para crescer novamente...fica a esperança!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ausência...

Esta é uma das músicas mais bonitas que tocavamos na Tuna, das ínicas que ainda hoje sei tocar, porque foi tocada tantas vezes... e, porque sabe muito bem a conjugação dos sons que as cordas emanam com a sensação dos dedos ao puxá-las...
É com ausência que vem a saudade dos tempos em que aprendia esta melodia que é uma adaptação da música original da Cesária Évora que entra na banda sonora desse grande filme "Underground" de Emir Kustorica, da qual os Ala dos Namorados também fizeram uma versão no seu último album "Mala de cartão" (foi uma surpresa muito gira no concerto de apresentação deste album)! Mas a versão da Magna tuna era mais gira.... :)

Ausência...

Se asas eu tivesse, para voar deste sonho
Não há nada tão longo como as noites de Outono
Queria ir ter contigo, para fugir daqui
E não ter mais ausência de pensar em ti...

Mas só no pensamento, eu tenho a liberdade
De te sentir comigo, ter-te à minha vontade
mas mesmo quando sonho, eu me sinto sozinho
Não tenho a protecção do teu carinho!

Ai solidão tem que ir embora o sol nasceu
Sol está brilhando, está chegando esse clarão
Sem saber para onde e como alumiar
Ai solidão é o sim e o não!