sábado, 31 de julho de 2010

Poder da música....

Desperta sentimentos, faz-me sentir...viva!
Não imagino a vida sem música, há músicas que nos deixam mais em baixo, mas essas evitam-se ouvir, há músicas de que não gosto, há outras que consigo ouvir vezes seguidas sem conta e às vezes pensamos: "esta letra encaixa mesmo em mim" e quando além do bom poema e da mensagem da letra se junta a parte instrumental, a música em si, tudo se completa e o resultado é algo de fantástico.
A conjugação dos sons em si é linda, há músicas que adoro ouvir, há notas que adoro juntar na viola e dão uma pica tremenda tocar, apesar da minha pouca sabedoria em trabalhar as cordas!
Há ritmos que ao serem feitos nos fazem viajar, descontrair, descarregar energias negativas e receber outras positivas. Tocar viola é muitas vezes terapêutico, gostava muito de "arranhar" outros instrumentos como grandes músicos que conheço...
O piano também é de uma harmonia em que o sentimento que junta as notas flui pelos braços de uma forma muito pacífica...
A conjugação dos sons é poderosa, podiamos viver sem música? Eu não conseguia....
A minha mais recente preferência: Florence and the Machine...simplesmente lindo!!! Graças a uma amiga fui ao concerto da senhora, sem fazer a menor ideia quem era...sai de lá encantada, e um pouco mais surda, mas depois de ouvir as músicas e descobrir mais rendi-me completamente, adoro o som da harpa, as letras, o timbre da voz, a conjugação das notas, os arranjos musicais...tudo, tudo..tudo!
...ao ouvir estas músicas em especial adquiro paz, esperança, energia, compreensão, coragem, diversão, viajo para um imaginário bem longe... outras vezes simplesmente canto e danço espontaneamente para descontrair e por mais palavras que escrevesse nunca ia conseguir expressar bem o que me vai na alma quando a música entra em mim.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Há dias assim...

Começa-se o dia com uma preguiça tremenda e a cama chama muito por nós, apesar do calor, sabia muito bem continuar deitada!
O dia começa chato, trabalha-se sem grande vontade a abrir a boca mil vezes, o calor dá-nos uma moleza...só apetece pegar em nós e entrar em estado "dolce fare niente"!
Muitas pessoas queridas estão longe e eu também devia lá estar, as mensagens vão-me deixando animada, os vários bips do telemóvel fazem-me sorrir e apaziaguam a dor e a saudade de não poder lá estar...várias pessoas ainda se vão lembrando de mim no meio de tantas coisas lindas que têm para ver e fazer!
Estou em pulgas: primeiro dia da semana, a vontade de estar bem lá longe junto dos outros, faz-me ter pouca vontade de trabalhar, não consigo focar os meus pensamentos, e vou constantemente ao facebook ver se há novidades, fotos novas vindas de espanha, ou simplesmente ler comntários dos que se sentem como eu!
Começo finalmente a ganhar ritmo, depois de um belo café na hora de almoço e...levo com uma inspecção da Asae...era tudo o que apetecia...felizmente correu tudo bem!
Chega finalmente a hora de sair e fiz algo diferente: fui para a praia, que ainda estava cheia de gente e mesmo quase as 19h não foi fácil estacionar!
Banhos de sol e de mar até as 20h, a praia estava óptima, pena ter estado sozinha, mas deu para descansar um pouco os olhos...
...sai da praia e fui fazer uma aula de body balance, um momento relaxante, que fez com que o dia acabasse na perfeição e que o meu cérebro descansasse...
Todas estas palavras para dizer que há dias assim, começam chatos e acabam maravilhosamente bem...infelizmente também acontece o contrário!

domingo, 25 de julho de 2010

É como nadar num rio...

Nadar é uma das coisas que mais gosto de fazer. Gosto da piscina, é mais calma e transparente, mas o cloro intenso faz-me alergia que se prolonga nas horas seguintes; gosto do mar porque o sal ajuda-nos a flutuar melhor, mas as ondas por vezes atrapalham; gosto dos rios apesar da água ser turva e serem traiçoeiros!

Nado constantemente num rio, deixo-me levar ao sabor da corrente, sempre na esperança de que esse rio vai um dia chegar à imensidão do oceano. Os rápidos mais assustadores que encontro pelo caminho, que me fazem estremecer e ganhar medo, são talvez pistas que me indicam que devo voltar para trás... mas nadar contra a corrente é tão difícil!!

Há momentos em que me encho de coragem e lá vou eu a puxar com toda a minha força a água, a bater incessantemente as pernas, num esforço conjunto de todo o corpo em vencer a corrente. Quando dou por mim, ainda estou no mesmo sítio ou até avancei um pouco mais em vez de recuar! O cansaço foi em vão!
É muito difícil contrariar a corrente!

Vou-me deixando ir, porque não consigo nadar para trás, mas o medo de uma cascata enorme que pode surgir a qualquer momento está sempre comigo. Já passei por algumas e foi muito difícil sobreviver, as quedas são grandes!
Mas sem treino não se consegue nada... os pequenos rápidos vão-me preparando para a grande queda de água que este rio poderá ainda ter ou não!

Se algum dia chegarei ao oceano? Não sei responder, continuo a acreditar que sim, e é a fé nesse sonho que faz com que seja bom nadar no rio... as zonas mais calmas que vou encontrando pelo caminho fazem-me muito feliz.

sábado, 24 de julho de 2010

Quebrar das ondas

Às vezes dá vontade de desistir! É como se nos sentissemos enrolados pela força do mar, queremos vir à superfície, mas não é fácil e temos que lutar contra as forças da natureza. Outras vezes deixamo-nos levar pela força das ondas que nos empurram... e é uma sensação tão boa!
Mas as ondas nem sempre são à nossa medida, umas vezes quebram antes do tempo, outras rebemtam-nos mesmo em cima, outras ainda enganam: parecem pequenas e revelam-se muito grandes!
O segredo talvez esteja em apanhar a onda certa?! Por momentos vêm tantas seguidas e no mesmo instante não se passa nada. No meio de tantas ondas é difícil escolhermos uma, continuamos sempre à espera daquela onda especial que imaginamos.
Continuo um pouco baralhada no meio desta turbilhão do oceano!

É curioso como o que escrevo a seguir faz hoje muito mais sentido do que que fazia hà 12 anos quando foi escrito. Na altura as palavras foram aparecendo, a caneta juntou-as e ficaram gravadas no papel. Consigo interpretar hoje tudo o que me inspirou e é tudo hoje tão mais real do que na altura...

O Sol, O Mar a Terra...um sonho!
A Natureza, a vida...um sonho!
Que vai e volta com a espuma das ondas!

Enreda-se o inconsciente em gotas de esperança,
Uma vez mais, ele se desfalece com a espuma branca...
Lançam-se as redes...
Ensaia-se na profundidade do meu ser,
A sobreposição do sonho
A um mundo desconhecido!

Anseio por outras águas limpas e transparentes,
Por outros mares "nunca dantes navegados",
Por ondas cristalinas...
Que ao quebrarem me façam regressar
a um futuro onírico!

Só que a nau da fantasia naufraga!
O mar está poluído!
Tanta é a força do quebrar das ondas!!!
Oh...! De novo a areia me absorve o sonho
E com ele a espuma branca das ondas!

Sinto-me enrolada pela força do mar:
Ondas revoltadas quebram-se com violência!
Desisto! Mas, subitamente despertam-me fortes pombas,
Que me guiam à varanda do quarto!

Daqui avisto o mar:
As ondas que sucessivamente se magoam e choram lágrimas salgadas!