quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eis a voz do meu amado...

Ele aí vem, transpondo os montes, saltando sobre as colinas. O meu amado é semelhante a uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo detrás do nosso muro, a olhar pela janela, a espreitar através das grades. O meu amado ergue a voz e diz-me: "Levanta-te minha amada, formosa e vem. Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua voz é suave e o teu rosto encantador."

O meu amado é para mim e eu sou para ele. Ele disse-me:

"Grava-me como um selo no teu coração, como um selo no teu braço, porque o amor é forte como a morte e a paixão é violenta como o abismo. Os seus ardores são setas de fogo, são chamas do Senhor. As águas torrenciais não podem apagar o amor, nem os rios o podem submergir"

1 ª Leitura do Cântico dos Cânticos

terça-feira, 28 de junho de 2011

1 dia de caminho....

A viagem começa na estação de comboio, onde encontro uma "afilhada" de faculdade e conseguimos pôr alguma conversa em dia... uma feliz coincidência!
No caminho lembrei-me que dia era... e teve de seguir o sms.
Não gosto dos intercidades devido aos lugares marcados, o meu está sempre ocupado ou calham-me companhias estranhas, não me ralei e sentei-me noutro, mas fui a viagem toda sempre à espera que me pedissem para sair e com aquela mochila n dava mto geito, felizmente não foi necessário.
Não dormi quase nada, entusdiasmada e com medo confesso do desconhecido, ainda a duvidar de mim própria de estar a fazer aquilo, só pensava... "agora já estou no comboio e a volta é só no dia 27, não há volta a dar, nada de desistir"!
Cheguei ao Porto, parti à procura de uma cidade desconhecida, se Lisboa foi fácil, Porto tb há-de ser... fui dar uma volta a pé desnecessária para chegar à Sé e tinha mapa e sou escuteira, que tótó pensei, eram os treinos... Comecei logo a fazer o caminho ao contrário, sem dar conta, antes de começar. Na minha busca pela Sé, onde queria começar, descobri as primeiras setas amarelas, por acaso, e que estava a ir na direcção errada, pensei em inverter o sentido, mas queria ir mesmo à Sé receber o primeiro carimbo na minha credencial de peregrina.
Estava fechada e fui almoçar a um café para fazer tempo e ganhar um pouco mais de coragem para a minha aventura... estava difícil começar, havia qualquer coisa mística no ar que me fazia ter medo, penso que é mesmo o receio do desconhecido e de ir sozinha e o facto de não fazer a menor ideia onde ia dormir dava-me alguma insegurança.
"Vamos lá tentar conseguir o primeiro carimbo"... enquanto esperava fui abordada por um estranho, perguntou-me se ia para Santiago, achei melhor dizer que não... fiz tempo na Sé para ele partir antes de mim (o meu "demónio")
Foi fácil seguir as setas, parecia um verdadeiro jogo de pista e ao fim de muitas já sentia mais dores nas pernas do que esperava para o primeiro dia.
Lanchei no adro da igreja de Araújo, apitei no P.Doce de Moreira da Maia, estava a ver que tinha de me despir para poder entrar, o segurança mandava-me tirar qquer coisa e apitava sempre, até que ele desistiu e deixou-me entrar... na pousada descobri que era o alarme das calças que eram novas!!
Gostei bastante do Porto, amor à 2 vista... já a zona industrial da Maia foi mais secante, mas o entusiasmo do princípio atenua esse tedio.
Por volta das 19h chegeui a Vilar Pinheiro e vi indicação de quartos, fiquei mesmo por ali, um pequeno luxo na primeira noite, merecido apesar de ser a etapa mais curtinha.
E senti-me mesmo muito, muito bem no caminho... que saudades agora que me lembro, daquele crepusculo tão acalmante.
Na pousada havia mais peregrinos, segundo informação da recepcionista, mas n vi nehum só os ouvi, eram ingleses, talvez uns que encontrei em Barcelos e os que tinha visto de tarde no Porto; pelo caminho, nesse primeiro dia, não vi nehum, o que só aumentava a minha insegurança "será que não há ninguém a fazer o caminho?" pensava eu...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A saudade, a felicidade e o agora...

A saudade costante do que já foi e não volta: pessoas, temos, momentos, músicas, sentimentos, acontecimentos...
É normal, todos os comuns mortais passam por isto todos os dias, nem imagino os imortais, coitados, têm uma história muito mais longa para recordar e sentir saudades...
Sauades: de ti, dele... um verdadero brinstorming do que, de imediato, me vem à memória da suadade: acampamento no escaroupim...; rally da eslováquia (não há um único segundo que n me faça ter saudade!!!); inicio do ano de 2010; natal de 94...
Podia continuar, mas depiis não falava da felicidade!
'E verdade a felicidade não é um fim mas o caminho, todos os dias vivemos a felicidade e tenho pena daquelas pessoas que vivem a pensar que um dia vão ser felizes... acabam por não perceber que se cruzam com a felicidade no caminho.
Agora sinto saudade da felicidade, há pouco, momentos fulgazes, mas na realidade sinto muitas, muitas saudades dessa pessoa que sente saudades doutras pessoas, de outros momentos.
Um dia isto há-de passar, até lá tenho de me aguentar com estas ondas que não conigo furar, nem apanhar...
O mar há-de acalmar, entretanto vou sentindo suadade dos tempos em que eu andava com as ondas e deixava-me ir pelas marés... agora o mar está muito agitado, mas mesmo assim não deixo de encontrar os meus momentos de felicidade, porque sei que ela já estve, está no agora e ´há-de estar num futuro que espera por mim... assim quero acreditar!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Inercia...

Que às vezes apareces e tomas conta de mim...
Se outras coisas aparecessem assim!
Vontade de nada fazer, vontade de tudo ter vontade.. e apercebo-me que é o dia, em que por norma ela sempre à bate à porta.
Curioso e ao mesmo tempo espectacular este nosso organismo, as hormonas que o regulam...
Quando cansaço também grita de levezinho, e o mundo à volta brilha um poupo mais cinzento.... não há armas para combater a inércia, resta apenas abraçá-la e esperar que tão indesejada companhia vá embora.
Hoje reina a inercia até nos sentimentos, ora vão ora vêm, ora deixo-os ir, ora agarro-os e vou atrás...
Ai, ai, ai "o coração tem razões que a própria razão desconhece". Quando li esta frase, na adolescência, pensava que os poetas eram malucos, uns inconformados com a vida, sentimentalistas demais...
Pela boca morre o peixe e já dizia o senhor Fredy "too much love will kill you", mas o amor nunca fez mal a quem o soube viver, tem é que ser canalizado para os ribeiros certos, quando o rio para onde devia correr já não o pode acolher!
"Podes saber, que vais chegar onde Deus te levar..."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Olhar para trás no caminho...

Hoje foi um dia muito duro, ia ser o mais difícil e mentalizei-me para isso. Não sabia se ia conseguir, mas consegui! Parti mais cedo que o habitual, estavam todos de partida também... foi muito gira a primeira parte do caminho, sozinha e a tomar o gosto por aquelas paisagens molhadas, maravilhosas, a ver o sol a ganhar cada vez mais cor e intensidade.
Ao fim de 2h passaram por mim os ciclistas tugas, muito simpáticos, admirados com o ritmo que eu levava, mais à frente encontrei o Filipe e já tinha passado pelo meu "demónio" (um espanhol que no Porto se meteu comigo e eu com receio menti-lhe, ao dizer que não ia fazer o caminho... já nos encontramos várias vezes, gostava de lhe pedir desculpas e explicar o porquê da mentira, mas fico com vergonha e ele tem um ar tão simpático, diz-me sempre "ola" de uma forma tão carinhosa, será que não se lembra?)
É uma pedra que trago comigo, oxalá seja perdoada... começar o caminho com uma mentira... mais um sinal de que não devemos mentir.Fiz a subida toda até Rubiães com o Filipe, é bem agradável a companhia dele, os ciclistas voltaram a passar por nos, tirámos fotos e trocamos mails.
Em Rubiães continuei, era bem mais cedo do que esperava, cheia de fome e com medo de não encontrar cafés, mas felizmente mais à frente encontrei um em Coura, e mais uma vez o "demónio" a sair e eu a entrar e mais uma vez fiquei-me pelo "ola"... não sei se o vou voltar a ver, isto ocupa-me grande parte do pensamento, sentia-me melhor se lhe pudesse explicar.
Continuei sozinha com os meus pensamentos, hoje dominados pela pedra que trago comigo, oferecida por um amigo... "terá o significado que terá de ter" e que ainda não sei qual é. Já percebi que as pedras deixadas no caminho são desejos, promessas... o porquê de serem deixadas num determinado local, só quem as deixou sabe. Não me quero, para já, desfazer da minha, sinto que não está na hora. Sei que significado gostava que ela tivesse, mas não sei se não deva ir para o sentido oposto?!
Já lá vão 5 dias de caminhada, está a ser uma aventura fantástica, mas passa rápido. Agora em Espanha vou-me desligar dos telefones e ver se coloco as ideias em ordem. Ainda me falta alguma inspiração para as coisas da Zita também...
Almoçei no adro de uma igreja fantástico, onde dormi uma soneca para descansar. De tarde, ao início, foi novamente deslumbrante descer a serra, apesar das dores nas pernas que as descidas fazem! Com o avançar das horas, dos km e do calor foi ficando cada vez mais difícil.
A poucos km do fim encontrei o Joaquil, um português muito castiço, mais velho e fizémos juntos o resto. jantamos juntos, é professor de yoga e gosta de partir muito cedo, talvez nos encontremos em Redondela. Tive pena de deixar o grupo com quem tinha vindo, mas eles queriam ficar em Rubiães, cheguei lá tão cedo... 4f quero estar em Santiago, tenho manter o planeado!
Hoje estou mesmo muito cansada e com dores nos pés e pernas... andei muito, mas vale sempre a pena!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A amizade é assim...

Linda e especial, faz-nos sentir vivos, alegres, faz-nos sentir bem por partilharmos ideias, momentos, frases, sentimentos, loucuras, preocupações...
Podemos estar afastados o tempo que for preciso, mas com os verdadeiros amigos, o tempo não tem importância.
Hoje não estou tão inspirada como na madrugada de domingo, mas não quero deixar de registar as ideias e os pensamentos que tive na altura, ao ver amigos em festa, ao fazer festa com eles, sentir-me feliz por tê-los, por ter tomado as opções que os colocaram no meu caminho e lembrar-me dos outros amigos, que estão longe, mas me fazem sentir igualmente bem.
"Os mouros da vila"... há qualquer coisa de especial neles e na amizade que os rodeia, dá gosto ver e fazer parte, partilhar a vida com eles, há um brilho no ar, uma alegria contagiante que me faz querer gritar "Eu amo a minha vida...obrigado por fazerem parte dela, obrigado por me deixarem partilhá-la connvosco"
Já houve tempos em que estávamos sempre juntos, partilhavamos muita coisa curriqueira do dia-a-dia, agora é mais quando alguém casa ou faz anos, o que só faz com que os encontros sejam melhor aproveitados e partilhados.
Realmente as amizades com A grande são assim, porque são baseadas no Amor, que é a base etimologica da palavra, é sempre tudo verdadeiro, não há barreiras que cresçam com o tempo ou com o afastamento.
A todos os que partilham desta forma a vida comigo, basta uma frase que gosto muito: "obrigado por serem quem são"

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mais uma memória do caminho...

E cá está a chegar ao fim a aventura! Já estou em Vigo, tinha pensado dormir aqui, mas quero ir para Portugal, estou contente com a minha decisão, pensava que isto era mais giro e sozinha não mete piada nenhuma. Já andei aqui uma hora às voltas, afinal depois de tantos km não podemos parar de andar bruscamente... tinha que trilhar uns km hoje.
Vou tentar encontrar um hostel barato no Porto, já estou a gastar mais do que pensava.
Há sempre uma tristeza inevitável quando acaba, mas se pensarmos que é apenas o princípio sentimo-nos melhores.
Foi giro vir no comboio e ver alguns locais por onde passei a pé. Foi uma experiência fantástica e a eucaristia foi muito muito gira (queria outra palavra mas não me ocorre), é o consagrar do caminho, o fim e o início oficiais. Andaram com o turimbulo... as palavras são pedras para descrever o que senti nesse isntante... vi alguns peregrinos que já não via há alguns dias, o espírito de Santiago é mesmo assim: calmo, tranquilo e parece que o mundo é uma maravilha, todos nos damos bem e fazemos uma festa quando reencontramos uma pessoa, mesmo que só a tenhamos visto uma vez. Será porque estamos mais "naturais" e desperta o lado bom que há em nós?
Acredito que sim e o Espírito paira certamente paira sobre todos os peregrinos crentes e não crentes!
O senhor do café onde jantei ontem disse-me adeus, estava à porta quando passei a caminho da estação, acenei-lhe de volta.
A pedra que tanto me custou separar, e que me fez pensar e pensar que destino e significado lhe haveria de dar... deixei-a numa fonte em Santiago, poderá ter mil e um destinos e ficou propositadamente numa fonte, das fontes saem coisas boas e positivas e Santiago está rodeado do Espirito por todo o lado, foi lá que quis deixar a "minha companheira" de viagem. Não foi um peso, nem um sacrifício, até porque não era pesada, mas sim uma constante no pensamento. Ali ela vai florescer: ou alguém pega nela e lhe dá outro destino, ou fica na água que corre e será espelhada nos olhos de milhares de peregrinos...
Em mim também se vai reflectir na amizade e no amor, é um símbolo do esforço do caminho que fiz e foi um caminho de Paz e de Amor, por todos os que estão à minha volta, os que já estiveram e não estão mais e os que ainda hão-de estar. O caminho para mim é uma forma de renascer o "pedacinho de Deus que tenho em mim" e mostrá-lo ao mundo, na minha forma de ser e estar! "E Deus é Amor", vou-me atrever a viver por Amor: Amar mais, gostar mais, partilhar mais, perdoar mais, compreender melhor, ajudar mais, sorrir sempre sempre; travar o "Bom Combate" e ajudar os outros nas suas batalhas também, porque também eu sou ajudada muitas vezes no caminho.
À noite ainda gostava de ir à Sé no Porto onde tudo começou, ou talvez amanhã cedo, já que vou chegar tarde e não faço ideia onde vou dormir.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Recordações do caminho...

Inicio muito giro pelo mato, logo muito cedo... sabe bem o contacto com a Natureza!
Parti mais cedo que o previsto, os estrangeiros acordam com as galinhas! Parei após 1h30 num café (o primeiro que encontrei) para tomar pequeno almoço, estavam lá alguns dos companheiros de quarto que tinham saído mais cedo.
Finalmente começo a encontrar peregrinos e isto começa a ser mais divertido ainda, os dois primeiros dias podia acreditar que era a única pessoa a caminho de Santiago, só encontrei peregrinos no sentido contrário: em direcção a Fátima.
A senhora do cefé muito simpática, oferecer carimbo, livro de memórias, mas esticou-se um bocadinho nos preços.
Muito mais calor faz a diferença, nunca mais chego a Barcelos e penso quem fez isto em Agosto deve ser bem mais difícil devido ao calor.
Por vezes ficamos obcecados com o destino, que apagamos para o que está à nossa volta... constato que acontece no caminho e na minha vida.
O cansaço hoje era maior.
Finalmente Barcelos! Muito gira. Visitei de relance o que ficava em caminho, na esperança de encontrar um supermercado para comprar almoço saudável, fui parar ao Macdonal´ds!!! Comi saladinha e gelatina ... soube muito bem!
Já estava muito cansada, não encontrei o jardim ideal para descansar o corpo e os olhos, continuei, só faltavam 9km e continuei, mesmo à hora do calor.
Fez-se bem e foi uma parte muito gira do percurso. Reencontrei uns peregrinos ingleses numa esplanada, convidaram-me a sentar-me e beber uma cerveja com eles, até tive vontade, mas estava demasiado "fechada" ainda e recusei.
Senti-me muito bem no caminho até chegar ao albergue. Uma placa que dizia albergue a 2,8Km fez-me bem feliz, pensava que faltava muito mais, mas não imaginava que era sempre a subir!!
O tmpo mudou, começaram a ouvir-se trovões e acelarei o passo para conseguir chegar antes da chuva que já se via a cair nos caminhos que ficaram para trás.
O banho... tão bom, hj estava mesmo transpirada e suja. Este albergue é novo, muito giro e melhor que o de ontem, mas o de Rates não deixa de ter a sua beleza.
Finalmente começo a confraternizar, já me sinto mais segura e descontraida. Encontrei alguns peregrinos de ontem, inclusive do mesmo quarto e já travei muita conversa com o único português que encontro por aqui.
Consegui uma cama de baixo, consegui abastecer-me no supermercado, apesar da chuva que teima em não parar. Vou jantar por aqui, alguns mandaram vir pizza, mas apetece-me algo mais saudável; para o pequeno almoço tenho máquina de café e chocolate quente... não podia pedir mais.
Bem mais cansada, com um tornozelo um pouco inchado, mais logo já vou por gelo para melhorar. Amanhã menos 2km, mas 6f será o grande dia: muitos, muitos km para fazer!
Hoje de manhã encontrei o espanhol que se meteu comigo na sé do Porto, voltou o receio novamente, mas nunca mais o vi. Fico sempre com algum receio, naqueles caminhos pelo meio do mato, receio que aumenta quando alguém ou um carro se aproxima, mas felizmente tem corrido tudo bem.
Há um cântico que canto para mim, em forma de oração, e me faz ganhar confiança no caminho e deixar-me guiar por ELE:
"Confiarei ainda que o dia escureça, não há mal que me aconteça se Contigo eu estiver e avançarei, avançarei no meu caminho, agora eu sei, que Tu comigo vens também, onde fores ai estarei, sem medo avançarei (...) confiarei nessa voz que não se impõe, mas que aceita cada passo do caminho que eu fizer..."
E tem corrido tudo bem :)
O saber que há peregrinos à frente e outros mais atrástranquiliza-me e entregar este esforço ao "Bom Pastor" também
Fui dormir cedo... mas antes desfrutei de um excelente momento com uma viola, por onde, certamente, várias mãos de outros peregrinos já tocaram. Agarrei-me à viola e toquei, toquei... um momento inesquecível, ninguém se queixou (havia peregrinos a conviver na sala, a jogar, outros a comer, simplesmente a conversar ou a ler) e fui continuando e tocando com mais naturalidade e vontade.
Soube bem no fim ouvir um eleogio da peregrina alemã, que me perguntou o que tocava que era lindo!
Já em Santiago a minha colega peregrina disse-me que eu tinha "look" de quem tocava viola?!!!! Achei curioso.
Esqueci-me tirar foto `a bela viola que me proporcionou um excelente momento.

domingo, 5 de junho de 2011

Em caminho...

Hoje chega oficialmente ao fim e inicia oficialmente o princípio...
Estou pela manhã no Porto, com a Sé à minha frente, a tomar um café português e quase de volta para casa. O caminho vai deixar saudade, mas há manter este espírito no dia-a-dia.
Foi uma experiência valiosa, reencontramo-nos connosco, com Deus, com a história e com os outros.
Dou graças a Deus pelo aopio no caminho, dar graças pelo próprio caminho, pelas pessoas que se cruzaram comigo e pedir perdão pela mentira que não consegui corrigir.
Por vezes preocupamo-nos muito connosco e não vemos o mundo à nossa volta, isso foi mudando positivamente ao longo do caminho...

...Agora já em casa penso se terá feito alguma mudança em mim? Fez certamente pelo encontro, é uma reciclagem, são memórias armazenadas para onde posso sempre fugir, que posso ir buscar para me ajudarem a viver o momento.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

My place...

É mesmo aqui...
Talvez ainda cedo para ter a certeza, mas a sensação é mesmo essa, e que saudades!
O tédio, a solidão, a tristeza, sei lá tudo o que de negativo podia surgir, pelo menos está apaziguado.
Obriado pleo pôr do sol, pelos passeios de bicicleta ao final do dia e pelo contacto com a Natureza; obrigado pelo azul escuro do céu estrelado que enche o peito de tranquilidade e me dá as boas noites... até o tempo parece que rende mais.
Seria isto que faltava, será que o vazio vai ser preenchido?
Boa surpresa logo no início!
Talvez seja desta que reencontre a motivação de outros tempos, por estar mais rodeada de pessoas de quem gosto.
Não é definitivo, mas dá-me tempo e motivação para encontrar esse outro lugar que ~há-de estar à minha espera.