sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O caminho

É para a frente sempre.
Tudo o que encontramos tem um objectivo, cada vez me convenço mais, que Ele nos coloca coisas e pessoas no caminho, tudo tem uma finalidade.
Esta semana cruzei-me com alguém, que me "bateu à porta", que me transmitiu energias tão positivas, me deu dicas preciosas, coisas que já sabia, mas que vão ficando adormecidas e sabe bem ver a energia com que outras pessoas acreditam nelas.
Estava a precisar desta porta, ainda n tinha começado à procura e ela apareceu... e este cruzar tão pequeno e insignificante vai certamente dar frutos maduros e bons, que começaram a germinar logo naquele instante.
É bom resentir esta força e energia dos 16 anos e ao rever as fotos antigas e partilhar comentários sore as mesmas sabe-me bem.
É como me disse um amigo: olhar para trás como aprendizagem!
Mas as energias negativas também andam por ai, o telefone tocou e quase que as podia sentir do lado de lá...n quero, não é por ai o caminho a seguir.
Estou a começar a renascer e sinto-me tão bem!
Dormir também é preciso e vou gozar desta paz de espírito na minha caminha.
Só queria agora transmitir estas energias ao meu irmão, está tão em baixo, ele precisa de aprender com os obstáculos do seu próprio caminho, mas uma força exterior sabe sempre bem...resta descobrir como poderei passá-la!
Talvez na caminha me inspire....

domingo, 14 de novembro de 2010

Os amigos...

São o melhor que há!
Alguns longe, outros que se afastaram, outros que não convivemos tantas vezes como gostaríamos.
No desenrolar da semana, na azáfama do di-a-dia, muitas vezes esquecemo-nos, e às vezes estou tão mal e n tenho a coragem de gritar, de pedir ajuda.
No outro dia quando soou o toque da mensagem, parecia vinda do céu e é nestas alturas que sinto que pegas em mim ao colo.
Aquela saida resgatou-me, ajudaste-me sem perceber e sem que eu diga nada sabias que n estava bem.
Hoje ao recordar um filme e ouvir estas músicas lindas do Yann Tiersen viajo até à casa das bonecas, até àqueles tempos rodeados de amigos todos os dias...era tão bom sinto tantas, tantas saudades.
Agora o telefone tocou novamente, sabe bem ser compreendida, ouvida, sabe bem ouvir o seja o que for sem ter de falar nada.
Outros amigos há que se afastam, infelizmente, tento reaproximações, mas n pegam. O que terei feito de errado? Sempre tentei ser o mais justa, n enganar, ser sincera, ser apenas eu, não pedi para ninguém se apaixonar por mim, não dei falsas esperanças a ninguém...n percebo. Acho que o que quer que tenha feito de errado estou agora a ser castigada!
Podia dizer que a amizade e o amor depois de misturados, são como a água e o azeite, já nenhum serve. Mas sei que não é verdade, precisam apenas de um tempo para recuperar formas e caracteristicas.
Estou ansiosa pelo café desta semana, para ver se é mesmo verdade, para descobrir se a amizade consegue mesmo ficar, quando o amor já foi.

Aquela sensação...

Que já percebi nunca vai desaparecer, mudam os motivos que a despertam, mas quando menos espero ela volta, para me atar, me prender, me cegar, me impedir de andar e seguir o caminho!
Porquê tantas vezes?
É certo que aprendo e cresço sempre mais com cada uma delas, mas conseguirei algum dia encontrar o oceano?...
E as tentações porque têm de aparecer e fazer-me pensar tudo aquilo que n quero, fazer-me ser tudo aquilo que n quero ser.
E agora fugir para onde?
Não pára eu sei e há-de ir onde Ele me quiser levar, mas esta espera torna-se tão aguniante, sei que não vejo os sinais, há muita poeira a tapar-me os olhos.
Já aprendi a nadar, já sei furar as ondas, boiar nas marés, contrariar a corrente, enfrentar a força e o quebrar das ondas, e agora não será suficiente ainda?
Por muito que treine, mais uma onda e já não terei forças, já foram muito pirolitos, os musculos cansados....acabarei por morrer afogada!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saudade...

Nos últimos dias tenho tido muitas saudades...de tudo e de nada ao mesmo tempo.
Um dia, em Belém fui entrevistada para uma tv italiana, perguntavam "O que é a saudade?". N me recordo bem da resposta que dei na altura, mas hoje diria que é um sentimento estranho e forte que se apodera de nós, nos prende ao passado efaz-nos sonhar com o futuro.
Qualquer coisa que já esteve perto e está longe, poderá nunca mais voltar a estar perto, o que faz a saudade aumentar ainda mais, querer, a todo o custo, regressar àquele "futuro onírico, só que a nau da fantasia naufraga" e faz-nos guardar esses momentos, essas recordações bem guardadas até que um dia quase ficam esquecidas...
Mas há sempre uma ligação, um fio que fica e que qualquer coisa como um cheiro, uma música, um lugar, uma frase podem puxar e volta aquele momento, e volta a saudade, mesmo quando se pensava já n existir.
Posso tentar ignorá-la, na agitação do dia-a-dia, mas ela está sempre lá, sem que me aperceba e volta de noite nos sonhos, vão buscá-la e projectam-na.
Várias vezes ouço aquela música e passa-me ao lado, ontem, n sei porquê, transportou-me áquele momento mágico no tempo, em que se vive um autêntico sonho, em que nos beliscamos para ter a certeza que estamos acordados...
...Não só a tua falta, mas sobretudo a calma daquele abraço bem prolongado, naquela noite fria sob as luzes da cidade, e oolhar do rio, foi o que me fez sentir mais saudade. A capacidade de acreditar no sonho, a ingenuidade que me deixou envolver, a liberdade e a paz daquele momento que adorava repetir agora, para poder descansar a sério, recuperar energia e força que n consigo encontrar...mas não necessariamente contigo.
Vontade de recuar esses anos todos e poder fazer tudo outravês.
Será que desta vez iamos conseguir? Talvez eu conseguisse ter uma personalidade mais forte, estar atenta aos sinais, n me centrar tanto em mim...hummm, mas mesmo assim dúvido!
Nunca percebi, o que n gostavas em mim, o que te fazia ir para outras paragens, quando quase me colocavas num altar, o porquê de agires sempre ao contrário do que dizias sentir, o porquê de te convenceres que eu era demais para ti, de fazeres tudo para que eu acreditasse nisso e me fosse embora, para que a minha luta fosse inutil.
Fico triste ao sentir saudade, fico triste porque n foi so a mim que abandonaste, foram os amigos, foi tudo sempre a perder, nem quero imaginar como estará esse cérebro, apesar de te sentires bem e melhor com a psicóloga, sei que a tempestade continua.
Fomos todos sair na semana passada e tu nunca estás presente essas novelas e confusões fizeram-te mal e afastaram-te, tornaram-te uma pessoa pior. Inevitavel n ficar triste, com o fim dessa história, quase toda a gente tem um motivo contra ti, ou simplesmente ignoram, no outro dia disseram-me "és a que tem maiores motivos contra ele e no entanto a unica que mantem contacto"....
...apesar da mágoa, queri muito ver-te feliz e teres uma vida normal, mas n vejo, sinto que a minha luta foi em vão...
Nunca é tarde, há sempre esperança!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Calma do cemitério

Ontem à noite fui ao cemitério.
É aquele dia em que as campas são todas iluminadas, por ser o feriado do dia de todos os santos. Desde pequena que gostava deste feriado por esse ritual de ir ao cemitério à noite e pelo ar misterioso que lá se encontra, dá um ar diferente e mais real aos restos mortais que lá estão, ou às suas almas.
Há uns 10 anos ou mais que n tinha a possibilidade de fazer esta visita, soube tão bem ontem.
Encontrei agora lá uma paz enorme, que so me apetecia ter sentado em qualquer sitio e ficar lá mais tempo, um ambiente tão tranquilo e pacífico, parecia que ao mesmo tempo, cheio de vida.
Recordei os meus avós, até depois de mortos a riqueza e a pobreza continuam, uns têm direito a campa de pedra toda bonita e com fotos e dedicatórias, os outros jazem na simplicidade da areia.
Constatei que o meu avô faleceu a 19 de setembro, um dia que foi trágico para mim anos mais tarde, por outros motivos e a morte dele foi a que mais me custou...curioso ter sido a 19/09!
Conheci o irmão da minha avó, que faleceu no dia antes da minha mãe descobrir que estava grávida de mim e passei perto de outras pessoas conhecidas.
Acabei a pensar onde gostaria eu de ficar, se campa bonita, se na mais simples...n cheguei a nenhuma conclusão...
Aquele ambiente é realmente muito calmo, se n for lá parar antes (espero bem que não), ainda tenho de esperar um ano para voltar a senti-lo!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para ti

Somos tão parecidos!
Olho para ti e nunca vou descobrir o que vai lá dentro, assim como sei que olhas para mim e sentes o mesmo.
Tenho vontade de perguntar, de descobrir tanta coisa, partilhar outras, mas sei que nunca vou ter coragem e tu talvez também não...vamos guardar as incertezas das suposições, que fazemos um do outro.
Dá-me muitas vezes vontade de te abraçar, de me refugiar no teu colo como se fosse uma criança, mas mesmo nessa altura não guardo recordações de o fazer, já ai começava a ser parecida contigo!
Depois do que me aconteceu nos últimos 2 anos, percebo-te ainda melhor, o teu sofrimento, o porquê de te manteres calado, é a tua forma de fuga, eu ainda n encontrei a minha, espero conseguir em breve.
Antigamente queria muito fugir, via na ida para a faculdade a minha porta e estudava com garra, sempre com esse desejo de fuga. Fugi de ti, das noites horríveis que n dormia e ouvia as palavras crueis que te eram dirigidas, a angústia e o desespero de quem as proferia, só eu dos 3 ouvi isso, só eu chorei tantas noites, parecia que só eu percebia, mais ninguém se importava... e eu achava que era mais desprezava, porqe eles não só n percebiam como agiam como se nada fosse e tu agias assim com eles, isso revoltava-me tanto.
Talvez por isso anos após a minha fuga bem sucedida, atirei as pedras que atirei, nunca me lembrando que tinha telhados de vidro, que elas vinham cá todas direitinhas....
Foi um mal necessário para perceber, que era o teu amor que te fazia agir assim com eles, nem imagino a tua tristeza e o teu desespero, por vezes, a força que terá sido necessária para suportares tudo. Também sei que a tua fé é o teu refúgio, espero um dia ser como tu e orientar por ela mesmo toda a minha vida, se tu és feliz assim eu também hei-de ser, também quero essa felicidade!
Agora td voltou em moldes um pouco diferentes, quero mto fugir, n vou suportar isto mto mais, um dia quando partires, nem quero imaginar, as tempestades que surgirão...tu apaziguas tudo com a tua calma, com o teu silêncio, eu n sei se serei capaz.
No outro dia, sei que cada palavra te atingia como um raio, a mim atingia, quanto mais n fosse por ti, mas como permaneceste calado e, percebi eu, com um ar triste, tb n consegui dizer nada, a minha vontade era ter fugido naquele instante, mas refugiei-me no sorriso do bebe que estava a entreter.
Eles n percebem, nunca irão perceber talvez, sinceramente espero que não, n quero que passem pelo que passei, apenas conhecem a ponta do iceberg e assim continuará a ser.
Gostava agr de encontrar a minha porta, pois n sei o que me vai fazer escapar desta vez, cada vez o sufoco é maior, é como uma bola de neve que vai crescendo e queria muito fazê-la parar mas não sei como.
Espero que continues ai, a tua presença por mais silenciosa que seja, tranquiliza-me!