segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para ti

Somos tão parecidos!
Olho para ti e nunca vou descobrir o que vai lá dentro, assim como sei que olhas para mim e sentes o mesmo.
Tenho vontade de perguntar, de descobrir tanta coisa, partilhar outras, mas sei que nunca vou ter coragem e tu talvez também não...vamos guardar as incertezas das suposições, que fazemos um do outro.
Dá-me muitas vezes vontade de te abraçar, de me refugiar no teu colo como se fosse uma criança, mas mesmo nessa altura não guardo recordações de o fazer, já ai começava a ser parecida contigo!
Depois do que me aconteceu nos últimos 2 anos, percebo-te ainda melhor, o teu sofrimento, o porquê de te manteres calado, é a tua forma de fuga, eu ainda n encontrei a minha, espero conseguir em breve.
Antigamente queria muito fugir, via na ida para a faculdade a minha porta e estudava com garra, sempre com esse desejo de fuga. Fugi de ti, das noites horríveis que n dormia e ouvia as palavras crueis que te eram dirigidas, a angústia e o desespero de quem as proferia, só eu dos 3 ouvi isso, só eu chorei tantas noites, parecia que só eu percebia, mais ninguém se importava... e eu achava que era mais desprezava, porqe eles não só n percebiam como agiam como se nada fosse e tu agias assim com eles, isso revoltava-me tanto.
Talvez por isso anos após a minha fuga bem sucedida, atirei as pedras que atirei, nunca me lembrando que tinha telhados de vidro, que elas vinham cá todas direitinhas....
Foi um mal necessário para perceber, que era o teu amor que te fazia agir assim com eles, nem imagino a tua tristeza e o teu desespero, por vezes, a força que terá sido necessária para suportares tudo. Também sei que a tua fé é o teu refúgio, espero um dia ser como tu e orientar por ela mesmo toda a minha vida, se tu és feliz assim eu também hei-de ser, também quero essa felicidade!
Agora td voltou em moldes um pouco diferentes, quero mto fugir, n vou suportar isto mto mais, um dia quando partires, nem quero imaginar, as tempestades que surgirão...tu apaziguas tudo com a tua calma, com o teu silêncio, eu n sei se serei capaz.
No outro dia, sei que cada palavra te atingia como um raio, a mim atingia, quanto mais n fosse por ti, mas como permaneceste calado e, percebi eu, com um ar triste, tb n consegui dizer nada, a minha vontade era ter fugido naquele instante, mas refugiei-me no sorriso do bebe que estava a entreter.
Eles n percebem, nunca irão perceber talvez, sinceramente espero que não, n quero que passem pelo que passei, apenas conhecem a ponta do iceberg e assim continuará a ser.
Gostava agr de encontrar a minha porta, pois n sei o que me vai fazer escapar desta vez, cada vez o sufoco é maior, é como uma bola de neve que vai crescendo e queria muito fazê-la parar mas não sei como.
Espero que continues ai, a tua presença por mais silenciosa que seja, tranquiliza-me!