domingo, 12 de janeiro de 2014

Um enrolar que não desenrola

Há coisas que não se explicam, sentem-se e há coisas que se sentem e não se conseguem explicar!
Quero nadar para longe e fugir de todas as ondas do passado, mas parece que (in)conscientemente nado ao sabor das mesmas.
Como é que é possível sentir-me tão baralhada e a minha sorte é que neunhuma dessas criaturas que me invadem os sonhos, os pensamentos, que fazem o meu coração derreter e vacilar, nenhuma delas quer estar comigo. Ganho consciência que a qualquer um eu podia dizer que sim agora, e se houvesse mais que um, humm, não seria uma escolha fácil de fazer, por isso ainda bem que todos me abandonaram; ainda bem que todos fugiram, cada um com os seus motivos, com os seus defeitos e qualidades que eu um dia estive disposta a abraçar.
E hoje escrevo com o objectivo de clarificar as minhas ideias, tentar compreender-me a mim própria e decidir-me a nadar em frente, a furar as ondas, a deixar tudo para trás....
O mais antigo é quem me deixa mais frustada! Já foram tantas tentativas, tantos acreditar e lutar, mas acabo por perceber que é uma luta sozinha e custa-me e perceber, custa-me a sério. Dizes que não me mereces, adimtes que eu fui o melhor que aconteceu em ti, tens dificuldade em largar-me quando estamos juntos, tens necessidade de mim, mas,  tens medo. O medo é legítimo, todos temos, não há certezas... podias acordar todos os dias com o olhar que recordas e ele ia ser cada vez mais feliz a olhar para ti, podias parar de te sentir inferior. Sinto o que tu sentes quando estamos juntos, não é ficção, não é carência, é um fogo que arde sem se ver, umas vezes mais forte outras mais leve.
É a tua decisão e eu respeito, mas deixa-me irritada e frustada. Agora tmabém já não inisto mais, não depois do que me aconteceu, não depois dessa outra onda que bateu no meu caminho, que eu tive dificuldade em aceitar por tua causa, porque na realidade era contigo que eu queria estar, mas fui-me deixando enrolar, com medo, mas fui e foi tão bom enquanto pude nadar nessa praia.
E é assim que eu quero nadar, pelo menos isso deu para perceber, é uma onda daquelas que eu procuro, não apenas simples salpicares de espuma que vem até mim ocasionalmente.
Sinto tanto tanto a tua falta agora... a saudade ainda aperta muito, um pouco de mágoa talvez, imagino quando te voltarei a ver se vais pelo menos sorrir para mim, tento fugir aos pensamentos de te voltar a ter nos meus braços, mas às vezes é dificil.
Ajudaste-me a renascer, a perceber o que eu queria, a ser feliz e não um´único momento contio que eu não tenha saudade, o teu sorriso, a tua expressão, as tuas mãos, os teus abraços, até as tuas brincadeiras. Estávamos tãolonge em tudo um do outro, mas eu sentia-me tão bem e feliz contigo. É curioso que às vezes tinha dúvidas, porque nada era fácil, mas quando me tiraste o sol, senti-me desesperada no meio do oceano. Felizmente consegui acalmar o desespero e um dia será a saudade... até lá vou ter que aprender a viver com ela.
A terceira onda é um porto de abrigo para o meu pensamento fugir quando sente necessidade de fugir das outras ondas. Mas é um falso porto de abrigo e perigoso também. Nunca te percebi, somos amigos, gosto muito de ti, eras perfeito para mim, quase perfeito o mais ideal dos 3, talvez por isso o meu pensamento goste de fugir de vez em quando ao teu encontro!
Suspeito de qulaquer coisa em ti, às vezes dá-me sensação que esta nossa estória não terminou, simplesmente desistimos e falta coragem, talvez porque tu só queres o que eu não quero e eu não tenho coragem de te dizer o que por vezes quero.
Um desenrolar que não desenrola, vai continuar enrolado no passado e a enrolar o meu presente.