quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A minha primeira história de amor...

...que como todas as outras não teve um final muito feliz, mas que como a maioria, é recordada com muito carinho e saudade e como uma aprendizagem, nas aventuras em torno desse sentimento tão especial e bonito.
A primiera coisa que me seduziu em ti foi o teu ar calo e tranquilo, mal te ouvi uma palavra a sair da boca e vi-te como um sonho distante, que nunca iria estar ao meu alcance.
Passou esse dia, esse casamento onde mal nos conhecemos e não eras mais do que uma bela miragem, até ao dia em que surgiu a possibilidade de passarmos mais tempo juntos, de nos conhecermos melhor... nem queria acreditar, foram 6 meses a sonhar, a fazer a contagem decrescente para aquela viagem e sempre a tentar convercer-me de que era apenas um sonho! Os poucos momentos em que iamos estando juntos, sempre com muita vergonha da minha parte, ficava bloqueada, ainda falava menos que o habitual, deram para te ir conhecendo e cada vez gostar mais do que descobria.
Chegou a tão desejada viagem, o primeiro dia foi muito constrangedor, a primeira noite na tenda também, fizeram questão de nos dar 30m, que parceram uma eternidade: após a boa noite, n conseguia adormecer de modo algum, acho que fingi mesmo que estava a dormir, para adormecer.
A partir daí fomos ficando à vontade, andavamos sempre juntos, partilhavamos imensas coisas, eu ficava contente qd fazias questão de estar mesmo junto a mim, chegamos a andar de mãos dadas, mas um dos momentos que está gravado (estão quase todos, foi um sonho tudo aquilo), foi de noite no autocarro, iluminado pela luz da lua e nós a dormirmos bem escostados um no outro.
O sonho ia crescendo, não havia contacto físico, mas o facto que quereres a minha presença, estares junto a mim, os carinhos e festinhas no cabelo, adormecermos todas as noites lado a lado a conversar, era para mim suficiente.
Todos pensavamos que eramos namorados, houve mesmo uma rapariga qu um dia disse-me qquer coisa: "..há o teu namorado" e eu disse que n tinha namorado, ela devia estar a confundir-me, ela n se acreditou.
Foi uma vivência bonita, nunca soube o que realmente sentiste, até desconfio No dia em que te ouvi dizer que tinhas namorada e mostraste a foto dela, senti o meu peito a rasgar e um enorme buraco a abrir. Na paragem seguinte, enfiei-me na casa de banho e deixei lá as lágrimas que estavam a rebentar dos meus olhos, senti-me completamente desorientada e triste...foi a primeira vez que chorei por amor...
Tentei afastar-me um pouco depois, mas tu continuaste igual, a fazer-me festas no cabelo, a pedir-me para eu ir a Lisboa pois n querias deixar de me ver, a querer estar 30m so comigo antes de a tua prima vir também para a tenda e eu nunca tive coragem para te dizer nada, para te perguntar nada, perguntava aos outros, outros amigos que conheci lá a opinião deles e eles achavam o que eu achei também: que sentiste algo de especial (desde cedo que tenho tendência para estas amizades estranhas), mas estavas apaixonado por outra pessoa e foste-lhe sempre fiel. Gostei de te ver abraçá-la quando chegamos, preferia ser eu a receber esse abraço, mas quando se gosta, quer-se que essa pessoa seja feliz, mesmo que essa felicidade não passe por nós.
Já na altura pensava assim e continuo, isto é mto facil de escrever e dizer e muito difícil de viver, mas quando se gosta muito, mais do que a nossa felicidade, queremos a do outro e podemos sempre continuar a fazê-lo feliz, com uma amizade sincera.
Foram 15 dias mágicos, terminaram com alguma tristeza, mas a vida seguiu. Seguiu e deu voltas curiosas, passados 2 anos somos vizinhos em Lisboa, um desejo que veio com 2 anos de atraso e fora de horas, mas foi giro encontrar-te, por vezes, na fila do bus, que era sp enorme e um dia chamaste-me para junto de ti, para ficar mais à frente e brincaste com o meu saco das compras cheio de alhos franceses; também nos encontramos algumas vezes no ginásio e eu apesar de já ter passado tudo e de o meu coração estar enanado na altura com outro, ficava sempre envergonhada, sentia-me roburizar...uma cidade tão grande e eu tinha de ir morar para junto de ti e frequentar o mesmo ginásio... a tua mãe também a via mtas vezes a passear as cadelas e mandava-te cumprimentos por ela.
Foi a primeira vez que experimentei quase tudo: a alegria qd o sonho começa a parecer tornar-se real, a tristeza e a desilusão qd passa a ser novamente um sonho, apenas não senti a alegria contagiante qd se torna real e n há dor nenhuma no mundo que recusar um bom momento com medo da perda, com medo que acabe mal.